Em 1998 decidi fazer meu Anagama, um forno a lenha de técnica japonesa. Adquiri um terreno muito perto da fazenda onde morava Toshiko Ishii em Palhano – Brumadinho, onde participava de queimas no forno Bizen.
Fiz um estagio em la Borne na França para queimar no Anagama .
Conheci Landry Deese @landrydeese um ceramista americano de
Montana, construtor de fornos. Combinamos a construção do meu forno aqui no Brasil. Uma
ceramista norueguesa Linda Lid @lindalidceramics, que estava fazendo estágio em La Borne na época,
se interessou em acompanhar Landry.
Em novembro de 1998, nós três - Landry, Linda e eu e um
construtor local, começamos a construir o forno com tijolos refratários de
segunda mão. O forno foi batizado de Tatu devido às incursões noturnas de um
tatu na fundação que misturava as terras ao redor. Todas as manhãs tínhamos que
começar o trabalho arrumando as partes que o tatu havia perturbado durante a
noite. Não usamos argamassa refratária para assentar os tijolos refratários,
mas sim uma mistura de terra vermelha e amarela com areia extraída de um
córrego que atravessa o terreno além de esterco de vaca. O forno Tatu tem 4,80m
de comprimento, 1,40m de largura por 1,40m de altura. A chaminé, que
inicialmente tinha apenas 1,20m de altura, foi posteriormente estendida para
2,50m para aumentar a tiragem e ajudar a atingir temperaturas mais altas com
mais facilidade. Fizemos a queima inaugural após um mês de trabalho intenso.
Depois de 27 anos precisei recuperar o forno e foram 2 meses trabalhando com um construtor local. Troquei ideias sobre a tiragem do forno com João Cursino e Igor Lins e mudamos alguns pontos na tiragem e alongamos a chaminé.
A 41ª queima no forno fiz em julho de 2025 com a participação do Grupo de Estudos e Cultura do Barro da UFMG que é um grupo reconhecido pelo CNPq.
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)
.jpg)


